Criança que ficou mais de cinco horas desaparecida ao seguir cães em Laranjal Paulista diz ter ficado com medo do ‘bicho-papão’

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Inauguração

Cinco horas e meia foi o tempo aproximado que uma menina de três anos ficou desaparecida em um canavial de Laranjal Paulista, no interior de São Paulo. Os ponteiros do relógio se arrastaram como um pesadelo para a mãe da garota, que relatou ao portal g1 os momentos de desespero.

Familiares, moradores e equipes de resgate se mobilizaram para encontrar a pequena Maria Eduarda Caglio Rocha, que desapareceu em um pesqueiro, na área rural do município.

A confeiteira Ivânia Caglio Rocha, mãe da criança, contou que Maria estava visitando o sítio de uma amiga quando desapareceu.

“Ela passou a tarde na casa da minha amiga, que é perto de um pesqueiro. Ela ficava indo na casa do avô – que fica ao lado – para ver o papagaio e ficava brincando com os cachorros da minha amiga.”

Criança seguia dois cães quando desapareceu na zona rural de Laranjal Paulista (SP) — Foto: Arquivo pessoal

Conforme relata Ivânia, dois cachorros da amiga, chamados de Fred e Maria Clara, entraram em uma área de mata e a pequena “aventureira” Maria decidiu ir atrás dos cães.

De acordo com o registro policial, a família notou a ausência da criança por volta das 17h. Por se tratar de uma área rural e com diversos tanques de água, equipes da Polícia Militar, Guarda Civil Municipal (GCM) e do Corpo de Bombeiros foram acionadas.

Durante as buscas, a preocupação aumentava, lembra a mãe.

“Os bombeiros acharam que ela havia caído no rio. (…) A gente pensa de tudo, a gente pensa no pior. Pensamos nos animais que vivem no mato e uma criança de três anos perdida”, disse.

Menina se perdeu em um pesqueiro e foi achada em um canavial em Laranjal Paulista — Foto: Arquivo Pessoal

Apesar do susto, Maria Eduarda foi encontrada consciente, por volta das 23h, após cinco horas e meia de buscas, acompanhada dos cães. “Foi muito maravilhoso [encontrá-la], parece que acordei de um pesadelo.”

Semelhante a aventuras clássicas do cinema, o desaparecimento também foi um pesadelo para a criança. Maria relatou que escutava os chamados de vizinhos e familiares, mas ninguém conseguia ouvi-la. “Ela só falava que tinha medo do bicho-papão”, disse a mãe.

“É uma criança alegre, que sempre brinca com todo mundo, bem ‘dada’, bem aventureira”, finaliza a mãe, agora, aliviada.

Após ser encontrada, a criança foi levada até o pronto-atendimento da cidade, onde recebeu atendimento médico e foi liberada. Ela sofreu apenas pequenos cortes de espinhos e picadas de inseto.

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