Hoje, durante o ato alusivo ao Dia do Trabalhador, o petista Lula pediu escancaradamente votos para o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.
Pela lei das eleições, a 9.504, o candidato ou seus aliados podem fazer pré-campanha eleitoral, mas a norma veda de forma clara o pedido explicito de voto em torno do eventual candidato. A atitude de Lula pode ser configurada como crime eleitoral, passível, inclusive, de perda de mandato, caso Boulos venha a ser eleito.
Deltan Dallagnol mandou um recado direto ao TSE em suas redes sociais:
“Alô, TSE, autointitulado ‘tribunal da democracia’: o presidente da República pode pedir voto descaradamente em evento público para Boulos, pré-candidato a prefeitura de São Paulo?
Ainda: isso não é abuso de poder político, de poder econômico e dos meios de comunicação?
Ter um presidente da República em exercício pedindo voto ilegalmente, fora do período eleitoral, para um pré-candidato em evento público não desequilibra a disputa eleitoral?
E mais ainda: quem pagou por esse evento?
As despesas dessa estrutura não devem ser computadas na pré-campanha de Boulos, para fins de limite de gastos, EXATAMENTE como o PT está fazendo com Sergio Moro para cassá-lo?
E aí, TSE, ‘tribunal da democracia’? Como é que fica?
Vamos cassar Guilherme Boulos, caso ele seja eleito?”
Certamente, a Corte será acionada e o caso será investigado.