O Diretório Municipal do MDB de São Paulo ajuizou nova ação contra o pré-candidato a prefeito pelo PSOL, deputado federal Guilherme Boulos, por fake news. O partido de Ricardo Nunes pediu à Justiça Eleitoral a remoção de postagens em plataformas on-line que insinuam que o prefeito de São Paulo não aplicou o orçamento da Educação de forma legal, podendo, assim, ficar inelegível. Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proíbe a utilização de notícias falsas ou descontextualizadas com o objetivo de influir nas eleições, seja na pré-campanha ou na campanha.
Segundo o advogado Ricardo Vita Porto, que representa o MDB, Nunes não é réu em nenhuma ação envolvendo o tema e não teve nenhuma de suas contas rejeitadas pelos órgãos fiscalizadores: “É absolutamente mentirosa a afirmação de que o prefeito de São Paulo poderia ficar inelegível”, complementa. O juiz da 2ª Zona Eleitoral deferiu o pedido liminar na tarde dessa terça-feira (14/5). Ao mesmo tempo, notificou a Meta, responsável pelas plataformas Instagram e Facebook, para providenciar a remoção das publicações inerentes ao tema no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
Durante uma live, na última quinta-feira (9), em seu canal no YouTube e em suas redes sociais, Boulos acusou Nunes de promover “pedalada” na Educação, baseando sua fala em números incoerentes, o que pode confundir o eleitor quanto à aplicação do orçamento da pasta. Enrico Misasi, presidente do Diretório Municipal do MDB de São Paulo, classifica as denúncias como “irresponsáveis” e lembra que, foi no governo de Marta Suplicy (PT), quando prefeita, que os recursos da Educação passaram de 30% para 25%: Misasi ainda observa que, o termo “pedalada”, usado por Boulos no decorrer da live, cabe mais à Dilma Housseff (PT), aliada do psolista: “Convenhamos: quem tem experiência em ‘pedalada’ é Dilma, aliada de Boulos. Numa única tacada, Boulos conseguiu relembrar que Marta diminuiu a verba da Educação, que Dilma deu ‘pedalada’, e avisar todo o mundo que não entende nada de gestão, nem de conta”.