Nesta quinta-feira (25), o Brasil perdeu um de seus grandes heróis e pioneiros, Ermando Armelindo Piveta, que faleceu aos 103 anos. Natural de Laranjal Paulista (SP), Piveta viveu e contribuiu para dois dos eventos mais marcantes da história brasileira do século XX: a Segunda Guerra Mundial e a construção de Brasília, a nova capital federal.
Nascido em 7 de outubro de 1920, Piveta foi chamado para o serviço militar em setembro de 1942, pouco após o Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial. Convocado para o 4º Regimento de Artilharia Montada do Exército, baseado em Itu (SP), ele recorda o momento em um vídeo gravado por sua filha, Vivian Piveta: “Naquele tempo não tinha sorteamento. Era convocado.”
Durante a guerra, Piveta foi embarcado no navio de passageiro e carga Almirante Alexandrino, que o levou do Rio de Janeiro a Dakar, no Senegal, para treinamento no continente africano. Ele desempenhou um papel crucial na guarda do litoral brasileiro, atuando em locais estratégicos como Fernando de Noronha, Pontal do Cururipe (Alagoas), Natal e Recife.
Após ser promovido a segundo-tenente e finalizar sua carreira militar, Piveta se tornou um dos pioneiros da construção de Brasília em 1958. Ele trabalhou no transporte de areia e cascalho para o novo centro administrativo do país, atraído pelo espírito de esperança e renovação que a nova capital representava. Em 1968, estabeleceu-se definitivamente na cidade que ajudou a erguer.
Em abril de 2020, aos 99 anos, Piveta recebeu destaque nacional ao receber alta do Hospital das Forças Armadas (HFA) após uma internação de oito dias devido à covid-19, um testemunho de sua força e resiliência mesmo em idade avançada.
Embora não haja informações sobre velório e sepultamento, o legado de Ermando Armelindo Piveta será lembrado com grande admiração e respeito. Sua vida foi um exemplo de coragem, dedicação e pioneirismo, marcando para sempre a história do Brasil e inspirando futuras gerações com suas notáveis contribuições tanto na guerra quanto na construção de Brasília.