Inverno começa nesta sexta-feira no Brasil

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O inverno teve início oficialmente nesta sexta-feira (20), às 23h42, e deve trazer temperaturas mais baixas do que as registradas no ano passado em diversas regiões do país. Com dias mais curtos e noites prolongadas, a estação chega prometendo não apenas frio, mas também impactos relevantes em setores como comércio, turismo e energia.

Segundo Alexandre Nascimento, meteorologista e sócio-diretor da Nottus, o inverno de 2025 será influenciado por um cenário de neutralidade climática, sem a presença dos fenômenos El Niño e La Niña, que normalmente alteram o padrão de chuvas e temperaturas no Brasil e em outras partes do mundo. Essa condição, somada a um Oceano Atlântico em padrões favoráveis, deverá facilitar o avanço de frentes frias pelo continente sul-americano, trazendo mais estabilidade ao clima e favorecendo a chegada de ondas de frio ao sul do país.

Em São Paulo, a previsão indica que o frio mais intenso será sentido em agosto, com mínimas em torno dos 5 °C, semelhante ao que foi registrado no início de junho. A diminuição das chuvas, típica desta época, também está confirmada.

O comércio e o turismo já sentem reflexos positivos com a chegada das baixas temperaturas. A expectativa é de que o varejo seja impulsionado por conta das vendas de produtos típicos do inverno, especialmente com a proximidade do Dia dos Pais — repetindo o bom desempenho registrado no Dia dos Namorados. No setor turístico, hotéis e pousadas das Serras Gaúcha e Catarinense vêm registrando alta ocupação, impulsionados pela possibilidade de neve e pelo clima acolhedor das regiões serranas.

A previsão também é animadora para o setor energético. A Nottus aponta que o subsistema sul das hidrelétricas pode se beneficiar com o aumento das chuvas em áreas específicas, o que traria um alívio importante após anos de seca e pressão sobre os reservatórios.

Outro destaque é a expectativa de redução nos focos de queimadas em comparação a 2024, que teve números alarmantes. Isso se deve à previsão de maior infiltração de umidade vinda da Amazônia a partir de setembro, especialmente sobre as regiões Centro-Oeste e Sudeste, contribuindo para manter o solo mais úmido e menos propenso ao fogo.

A neutralidade climática também traz perspectivas positivas para o equilíbrio dos ecossistemas. A ausência de eventos climáticos extremos deverá permitir uma adaptação mais natural da fauna e da flora às variações sazonais, além de facilitar o planejamento em áreas como agricultura, logística e turismo.

Com um inverno mais frio, porém mais previsível, o Brasil se prepara para uma estação com menos extremos e mais oportunidades — tanto para os que apreciam o clima ameno quanto para os setores que se beneficiam dele.

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