Moradores da zona rural e comerciantes da área urbana de Laranjal Paulista (SP) ainda sentem os reflexos do temporal registrado na última segunda-feira (22). Ventos fortes derrubaram árvores, postes de energia e provocaram danos em propriedades e prédios públicos.
No bairro Morro Vermelho, a família Petrin foi uma das mais afetadas. Parte da estrutura de um criadouro de aves caiu com a ventania e precisará passar por reparos, o que deve reduzir a quantidade de pintinhos recebida na próxima semana. Além disso, um dos bois do pecuarista Tiago Petrin morreu eletrocutado após a queda de um poste de madeira. Sem energia, a propriedade precisou ser abastecida por um gerador, e a água para o gado estava sendo transportada em um tanque puxado por trator. Segundo o pecuarista, vizinhos também doaram água para ajudar a manter os animais.
Na área urbana, comerciantes enfrentaram dificuldades para manter os negócios abertos. No centro da cidade, a expectativa era de que o fornecimento de energia tivesse sido normalizado já na terça-feira (23), mas parte do município ainda permanecia sem luz. O comerciante Danilo Franguelli, que mantém uma loja de roupas e calçados há quase cinco décadas, contou que precisou dispensar funcionários. Já Silvia Almeida, dona de uma loja de cosméticos há 39 anos, disse que nunca havia presenciado uma situação semelhante.
De acordo com a prefeitura, cerca de 5% da cidade ainda estava sem energia na terça-feira. O temporal também provocou destelhamento de imóveis, queda de árvores e suspendeu as aulas em oito escolas municipais, afetando cerca de 4 mil alunos.
A administração decretou situação de emergência e instalou um gabinete de crise para agilizar os reparos. Segundo o secretário de Segurança Pública e Defesa Civil, Anderson José Gomes Martins, os principais problemas continuam sendo o fornecimento de energia elétrica e de água na zona rural.
Apesar dos danos, as aulas da rede municipal foram retomadas normalmente nesta quinta-feira (25), segundo comunicado oficial da prefeitura.
