Uma celebração marcada pela fé e pela emoção transformou a rotina da enfermaria do Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas (SP). A pequena Sofia Conceição da Silva, de 10 anos, realizou o sonho de receber a Primeira Eucaristia, mesmo em meio ao delicado tratamento de saúde que enfrenta há quase um ano e meio na unidade.
Aluna da catequista Natalina, da Capela Sagrado Coração de Jesus, em Laranjal Paulista (SP), Sofia relatou à psicóloga do hospital, ainda quando estava internada na UTI, o desejo de ir à missa. Por conta da internação, que já dura três meses nesta nova etapa, ela não pôde frequentar a capela. Foi então que o padre responsável pela Capela da Unicamp começou a visitá-la regularmente.
Em cada encontro, Sofia renovava o pedido: queria receber a Primeira Comunhão. O sacerdote entrou em contato com a Paróquia São João Batista, em Laranjal Paulista, e também com a catequista responsável, que acolheram prontamente a solicitação.
Celebração especial no hospital
Com os preparativos ajustados, houve ainda um cuidado importante: como Sofia tem doença celíaca e não pode consumir glúten, foi necessário conversar com a equipe médica. Os profissionais recomendaram que ela recebesse a comunhão apenas pelo vinho consagrado.
A celebração aconteceu no hospital e reuniu familiares, amigos e grande parte da equipe de saúde que acompanha a menina. O momento foi marcado por emoção e espiritualidade. O padre Nillo, que presidiu a celebração, presenteou Sofia com um cálice de uso pessoal. Ele destacou que foi um momento singular e que, em todos os anos de atendimento pastoral na Unicamp, esta foi a primeira vez que acompanhou uma criança realizando a Primeira Eucaristia no hospital.
Luta pela vida
Moradora do bairro Pedro Zanella, em Laranjal Paulista, Sofia enfrenta uma série de desafios de saúde. Além da doença celíaca, ela tem osteoporose e uma fratura na coluna, além de uma condição autoimune ainda em investigação e distúrbios de eletrólitos.
A mãe, Tatiani Conceição da Silva, contou que a filha está em acompanhamento médico na Unicamp há 1 ano e 10 meses e que já passou por diversas internações. Ela disse que, mesmo diante de tantas dificuldades, a fé de Sofia sempre chama atenção e serve como inspiração para a família.
Emoção e fé
Para os familiares, a realização do sacramento foi um marco de esperança em meio ao tratamento. Segundo Tatiani, o dia da celebração ficará guardado como uma memória de força e espiritualidade.