O técnico argentino Lionel Scaloni disse, após o título da Argentina, que a história de Messi na Copa do Mundo poderá ter mais um capítulo em 2026. O craque do torneio do Catar terá 39 anos no próximo Mundial, que será sediado conjuntamente por Canadá, Estados Unidos e México, e já havia dito que esta seria sua última Copa, mas disse após a partida que não está aposentado da seleção. Para o comandante da equipe campeã mundial, o camisa 10 tem lugar cativo. “A gente precisa guardar um lugar para ele na próxima Copa. São 26 vagas: se ele continuar jogando, a camisa 10 estará guardada. É ele que vai decidir o que fazer com sua carreira futebolística, já não há nenhuma dívida com a seleção. É só prazer, orgulhoso de ter o Messi conosco. O que ele transmite aos colegas é algo muito importante, algo que não dá para verbalizar”, disse Scaloni.
O comandante da Alviceleste revelou na entrevista coletiva que os conselhos do craque foram essenciais para a construção do grupo vencedor. “Em San Juan, quando nos classificamos para a Copa, eu o chamei para conversar e falei que estávamos transmitindo alguma coisa muito forte para os argentinos. Mas perguntei: E se não der certo? Estou muito entusiasmado com essa seleção’. Ele respondeu: ‘E daí? Segue em frente’. A resposta dele me deu certeza que a coisa estava muito bem trilhada”, revelou Scaloni.
Messi disputou no Catar sua quinta Copa do Mundo — também esteve na Alemanha-06, na África do Sul-10, no Brasil-14 e na Rússia-18. Desta vez, ele bateu recordes e igualou Maradona no coração dos argentinos. Em sua versão mais “maradoniana” da carreira, o camisa 10 não foi apenas a referência técnica do time, mas também o líder que o próprio Diego cobrava que ele fosse. “Somos campeões do mundo, a ****** da sua mãe”, extravasou Messi, após a partida, com o microfone do Estádio Lusail em mãos, reproduzindo uma cabeluda expressão argentina usada para momentos de raiva ou de emoção. No Catar, o novo “deus” dos “hermanos” se tornou o jogador com mais partidas em Copas (26), virou o artilheiro de sua seleção em Mundiais (13 gols), superou também Pelé e se tornou o primeiro futebolista premiado duas vezes com o troféu de melhor da Copa do Mundo.