Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito o 39º presidente do Brasil neste domingo, 30, no segundo turno das eleições de 2022, levando o petista ao seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto – os dois anteriores foram 2002 e 2006.
Na eleição mais disputada da história do país, o novo presidente terá de enfrentar um país totalmente rachado. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 99,99% das urnas apuradas, Lula tem 50,9% dos votos válidos, ante 49,1% de Jair Bolsonaro.
A diferença entre os adversários é a menor da história. Em 2014, Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio Neves (PSDB) com cerca de 3,4 milhões de votos de diferença. Desta vez, a distância será de aproximadamente 2 milhões. Pela primeira vez na história, um ex-presidente volta a ocupar o Palácio do Planalto. Ele é o primeiro a ser eleito para um terceiro mandato.
O pleito deste ano foi marcado por uma polarização antecipada entre os dois principais candidatos. Luiz Inácio Lula da Silva recuperou seus direitos políticos em março de 2021, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações do petista. E, desde então, a disputa entre o petista e Jair Bolsonaro estava desenhada, deixando pouco espaço para a ascensão da chamada “terceira via”, que foi desidratando ao longo do processo. Nomes como o do ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), ficaram pelo caminho. A escolha do PT por Geraldo Alckmin (PSB), que foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), legenda que historicamente rivalizou as disputas presidenciais com os petistas, para o cargo de vice-presidente na chapa, foi um marco da campanha eleitoral e recebeu críticas.