O Palmeiras engatou a quinta vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro neste domingo, ao vencer o Santos por 2 a 0, na Vila Belmiro. Apesar disso, ou por isso, em entrevista após a partida, Abel Ferreira falou sobre a necessidade do foco nesta reta final de temporada.
– Temos muito para crescer, todos sabem que é preciso continuar com o pé no acelerador. Quando se ganha, temos que estar mais alertas. O foco é nos nossos objetivos. Encaramos jogo a jogo como uma final. Foi isso que os jogadores fizeram aqui hoje – disse o treinador.
E foi falando em um dos objetivos, a final da Libertadores, que Abel Ferreira citou o aspecto mental. Afinal, é mais importante não correr riscos com os atletas para a decisão ou manter a cabeça focada?
– Neste momento é tudo mental, vem tudo da cabeça. Não é em um mês que vou transformar os jogadores. É tudo mental. Vai ser a capacidade que teremos de nos mantermos focados no jogo a jogo, metendo o pé no jogo seguinte e continuar a ganhar, se for possível – respondeu.
E Abel Ferreira não foi só cobranças em sua entrevista. O treinador também destacou uma evolução importante no trabalho do time: o jogo sem a bola.
– Nesta semana deu muito bem para os jogadores perceberem o jogo. A sensação que fico é que, cada vez mais, eles sabem jogar sem bola. Cada vez mais entendem o jogo. E quando jogador começa a entender o jogo, onde estão os espaços, quando tem que atacar profundidade, quando tem que fazer o balanço… Minha função é ensinar aos jogadores o jogo, depois cada um ajuda a equipe de acordo com suas características – comentou Abel.
Diferentemente das duas últimas semanas, quando Abel Ferreira teve o meio delas para trabalhar com seu time, o próximo jogo do Verdão já é nesta quarta-feira. O Palmeiras entra em campo para enfrentar o Atlético-GO, 20h30, pela 31ª rodada do Brasileirão.
Homenagem a Marília Mendonça
Logo no começo da entrevista, também, o treinador palmeirense prestou uma homenagem a cantora Marília Mendonça, que morreu, na última sexta-feira, em um trágico acidente de avião.
– Gostaria que minhas primeiras palavras fossem para a Marília Mendonça. Dar meus sentimentos para toda a família. Consegui acompanhar na televisão a grandeza de uma mulher. Há muitos exemplos no Brasil para mudar a cultura, incluindo a cultura esportiva – disse Abel, que completou falando sobre a necessidade de uma mudança na cultura do futebol brasileiro.
– A forma como ela encarava a vida me faz lembrar o Ayrton Senna, uma referência, um ídolo para mim. Foi referência no esporte não só por ganhar, mas pela forma que perdia. Eu vou ter que dizer isso. O futebol brasileiro precisa mudar a cultura esportiva. Temos que saber ganhar e perder. Aprendi e continuo aprendendo no futebol brasileiro. E eu sou o primeiro que tem que melhorar – completou.
FONTE: Globo Esporte