A atuação do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) frente à tragédia causada pelas fortes chuvas no litoral norte de São Paulo vem repercutindo positivamente entre os aliados, eleitores e até mesmo opositores do político. Marcada por decisões rápidas e técnicas, mas também por acenos e aproximações, a postura do ex-ministro da Infraestrutura é bem vista e rende ao ex-auxiliar de Jair Bolsonaro uma série de elogios. Entre pessoas próximas ao gestor paulista, prevalece o entendimento de que, com o episódio, o primeiro de grande relevância de seu governo à frente do maior Estado do país, o governador conseguiu demostrar, na prática, sua posição moderada e democrática. “Tarcísio está demonstrando o que é Tarcísio. Ele é isso. Não tem marketing, não tem nada. Ele é um cara que é um operador e que tem uma vivência. Ele já foi para o Haiti com as forças especais atuar em situações críticas. Então, em situação crítica, ele é um grande comandante. Ele quando se apresentou para ser governador era o Tarcísio operador, o que ia efetivamente dar um novo enfoque para São Paulo. Veio infelizmente essa tragédia e ele demonstrou o que ele é: autêntico e sem maquiagens”, disse ao site da Jovem Pan Guilherme Afif Domingos, atual Secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos do Palácio dos Bandeirantes e que coordenou a campanha vencedora do candidato do Republicanos de Gomes de Freitas.
Em uma última avaliação, o cientista político e coordenador do curso de Relações Internacionais do Ibmec RJ, José Niemeyer, também afrima que a presença e o discurso de Tarcísio no litoral de SP apontam “para uma trajetória de muito sucesso” do governador à frente de São Paulo nos próximos quatro anos. Ele menciona que as estratégias adotadas, especialmente do ponto de vista da logística no litoral norte, mostram que Tarcísio deve focar sua gestão em uma atuação prática e de planejamento, deixando de lado questões ideológicas, o que afasta os eleitores da direita mais radical e ignora pautas de costumes e imbróglios políticos. “Tenho impressão que em nenhum momento ele vai usar a palavra comunista, por exemplo, que foi uma palavra muito usada nos últimos anos no Brasil para você se referir a um adversário. Ele nunca vai usar a palavra comunista, porque ele é um técnico e tem o bom senso. O discurso será técnico envolvendo planejamento, controle, resposta das políticas públicas”, completa. Entre farpas e elogios recebidos, a conclusão entre aliados como Afif Domingos, é que a postura de Tarcísio mostra que além de técnico, o governador também é político. “É o jeito dele. Vamos dialogar, ele quer trabalhar, não importa com quem”, conclui.