A deputada federal Carla Zambelli (PL) deve recorrer da apreensão de armar feita em sua casa nesta terça-feira, 3. Foram cumpridos três mandados de busca em dois endereços da congressista, em Brasília e em São Paulo. No total, três armas foram apreendidas: um revólver .380, uma pistola de 9mm e uma arma de coleção calibre 38. A operação policial foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que no final do ano passado já havia atendido um outro pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando o recolhimento de uma arma da deputada.
As ações ocorrem por conta do caso onde a parlamentar persegue a aponta a arma para um homem nos Jardins, área nobre de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições. A deputada alega ter sacado a arma em defesa de sua honra, pois teriam agredido ela verbalmente e cuspido em seu rosto. No dia 20 de dezembro, a Justiça determinou a suspensão da autorização do porte de arma da parlamentar, que entregou a pistola de forma voluntária. Zambelli, que também está com as contas nas redes sociais bloqueadas por uma determinação do STF, gravou um vídeo após a polícia deixar a sua casa nesta terça.
“Os policiais foram muito educados e o que me causa frustração, mas também revolta, é saber que esse mesmo STF tem agido para proibir ações em morros, onde a gente sabe que tem armas ilegais, estupradores, assassinos, traficantes de drogas e que essas mesmas pessoas, quando são presas, imediatamente são soltas na audiência de custódia”, declarou.
A deputada disse ainda, em nota oficial à imprensa, que achou a medida invasiva em seus endereços e que o recurso apresentado pela sua defesa não foi sequer apreciado, mesmo tendo sido protocolado antes do novo pedido de busca e apreensão da PGR. Por fim, ela justifica que as armas recolhidas eram para sua defesa pessoal. Entretanto, a decisão de Gilmar Mendes entende que há indícios de uso de arma para além dos limites da autorização de legítima defesa.