O dólar encerrou a semana em forte queda, fechando a R$ 5,696 nesta sexta-feira (14), o menor valor desde outubro do ano anterior. A desvalorização da moeda americana, que acumula perda de 7,8% em 2025, foi impulsionada pela decisão de Donald Trump de adiar a aplicação imediata de tarifas recíprocas contra parceiros comerciais dos EUA. A Bolsa de Valores reagiu positivamente, avançando 2,63% e atingindo 128.134 pontos.
O governo americano anunciou que as tarifas serão aplicadas de forma gradual, com análises individuais para cada país até 1º de abril. Esse prazo foi bem recebido pelo mercado, que interpretou como uma abertura para negociações, pressionando o dólar globalmente.
No memorando divulgado por Trump, um dos destaques foi a diferença nas tarifas do etanol: enquanto os EUA cobram 2,5% sobre o produto, o Brasil impõe 18% às exportações norte-americanas. Outros itens, como minério de ferro, aço, carnes e café, também podem ser impactados por futuras medidas comerciais.
Paralelamente, uma pesquisa do Datafolha revelou uma queda expressiva na aprovação do governo Lula, que despencou de 35% para 24% em dois meses, enquanto a reprovação subiu de 34% para 41%. O desgaste tem sido atribuído a crises recentes, incluindo polêmicas sobre a fiscalização do Pix. O cenário já levanta especulações sobre uma renovação política nas eleições de 2026.