Invasões do MST criam saia justa para governo Lula e dão munição para oposição brigar por CPI

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Inauguração

Parlamentares da oposição articulam apoio de lideranças da Câmara dos Deputados para a instalação imediata da CPI do MST na Casa. As movimentações acontecem após 1,7 mil famílias invadirem três terrenos produtivos da empresa Suzano Papel e Celulose, nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul da Bahia. A invasão das terras ocorreu em fevereiro deste ano, cerca de 60 dias após o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e durou pouco mais de uma semana. Segundo comunicado do Movimento Sem Terra (MST), as famílias “reivindicam a desapropriação imediata dos latifúndios para fins de reforma agrária” e denunciavam a monocultura de eucalipto na região e a concentração de terras por fazendeiros e empresas do agronegócio na Bahia. Os lotes foram desocupados após determinação da Justiça. Porém, o episódio cria uma saia justa para o Palácio do Planalto e dá munição para críticos do governo federal, que trabalha para viabilizar o funcionamento da comissão parlamentar de inquérito e transformá-la em um foco de desgaste para a gestão Lula 3 e aliados do petista. “Qual o papel do governo federal nessas invasões? É de omissão? É de apoio? Se não é, por que não está tomando nenhuma providência relativa?”, questionou o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), autor do requerimento protocolado na Câmara, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. “Não podemos permitir [invasões] como foi em Suzano, em uma plantação de eucalipto produtiva. E mesmo que não seja, não cabe ao Movimento dos Sem Terra ou a outros movimentos de luta pela terra saírem invadindo porque eles decidem”, acrescenta o político gaúcho.

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