Nesta terça-feira (10), o presidente da Argentina, Javier Milei, celebra seu primeiro ano no cargo, amparado por resultados macroeconômicos positivos e pelo descontentamento generalizado com as gestões anteriores. Apesar das medidas de austeridade que afetaram áreas como saúde e educação, Milei mantém índices de aprovação entre 47% e 52%.
No entanto, o cenário social permanece preocupante, com a taxa de pobreza atingindo 52,9% no primeiro semestre de 2024, o maior nível registrado em 20 anos. Mesmo diante dos cortes orçamentários, a popularidade do presidente se mantém estável, em parte devido à percepção de que a crise econômica é herança da administração anterior.
No Congresso, Milei tem conseguido aprovar projetos importantes, mesmo sem maioria parlamentar, o que tem sido crucial para avançar com sua agenda de reformas econômicas e estabilização do país. Especialistas esperam que a economia argentina comece a apresentar sinais de recuperação em 2025, embora reforcem a necessidade de reformas tributárias e trabalhistas para garantir um crescimento sustentável.
Um dos setores que aguardam medidas mais concretas é o agrícola, que sofreu com uma grave seca e espera alívio na carga tributária como forma de reduzir os impactos sobre os produtores e impulsionar o desempenho do segmento.