O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva de quatro investigados por atos de vandalismo em Brasília na primeira quinzena de dezembro do ano passado. Os homens são suspeitos de envolvimento na tentativa de invasão ao prédio da Diretoria-Geral da Polícia Federal (PF), em 12 de dezembro. São eles: Joel Pires Santana, Klio Damião Hirano, Átila Reginaldo Franco de Mello e Samuel Barbosa Cavalcante, que já estavam em prisão temporária decretada pelo magistrado. Eles foram alvos da Operação Nero, realizada entre 28 e 29 de dezembro. Dos 11 investigados, além dos quatro presos, outros sete estão foragidos, com mandados de prisão expedidos. De acordo com Moraes, “os elementos de prova juntados aos autos indicam que os investigados ameaçaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do STF, de maneira organizada e coordenada, por meio de ataques à propriedade pública e privada, com o objetivo de impedir o regular exercício dos poderes constitucionais”. O ministro considerou que, ainda que a posse do presidente tenha ocorrido regularmente no dia 1º, “estão demonstrados os fortes indícios de materialidade e autoria dos crimes de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, todos do Código Penal”, completou.
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