O papa Leão XIV chegou neste domingo (6) à cidade de Castel Gandolfo, onde passará duas semanas de descanso. A residência de verão dos papas, situada a cerca de 20 quilômetros ao sudeste de Roma, voltou a ser ocupada por um pontífice após mais de uma década de uso exclusivo da Casa Santa Marta, dentro do Vaticano.
O retorno ao tradicional palácio apostólico foi marcado pela recepção calorosa de uma multidão de fiéis e curiosos, que se reuniram nas ruas estreitas da pequena cidade para saudar o papa. Com clima ameno e paisagens pitorescas, Castel Gandolfo é há séculos um refúgio da rotina intensa do Vaticano.
Construído no século XVII, o palácio serviu como residência de verão dos papas até 1870, quando ocorreu a queda do Estado Pontifício. Após o Tratado de Latrão de 1929, que reconheceu a soberania da Santa Sé e restabeleceu suas propriedades, o imóvel voltou oficialmente ao domínio da Igreja Católica.
O uso da residência foi frequente entre os papas do século XX, mas acabou sendo interrompido por Francisco, que optou por permanecer no Vaticano mesmo durante o período de férias. Leão XIV, ao escolher Castel Gandolfo, revive uma tradição centenária que combina espiritualidade, contemplação e descanso.
A expectativa é que o pontífice permaneça na cidade até o dia 20 deste mês, com uma agenda reduzida e momentos de oração e reflexão. A visita reacende o interesse turístico e religioso por Castel Gandolfo, que abriga também os jardins papais e uma série de construções históricas ligadas à Igreja.