O Vaticano viveu, na manhã deste sábado (26), um dos momentos mais emocionantes de sua história recente: a Missa de Exéquias do Papa Francisco, realizada na Praça de São Pedro, marcou o encerramento das cerimônias fúnebres antes de seu sepultamento. A celebração reuniu cerca de 40 mil pessoas dentro da praça, atingindo sua capacidade máxima, e aproximadamente 140 mil fiéis nos arredores.
Em um gesto que refletiu sua personalidade humilde e devota, o Papa Francisco, falecido recentemente, escolheu ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, em vez da tradicional Basílica de São Pedro. A decisão foi motivada pela sua antiga devoção ao local, frequentado por ele desde seus tempos como cardeal na Argentina. Seu caixão, simples e revestido em zinco, carregava apenas a inscrição “Francisco”, conforme seu desejo expresso em testamento.
Durante a missa, textos religiosos foram lidos, incluindo a carta de São Paulo aos Filipenses, como parte de um ritual previamente definido pelo Vaticano. A homilia foi conduzida pelo cardeal Giovanni Battista Re, que destacou a vida, a fé e a trajetória do Papa Francisco, associando sua missão à de São Pedro, o primeiro líder da Igreja Católica.
A Basílica de Santa Maria Maggiore, onde o pontífice foi sepultado, está localizada a cerca de 4 quilômetros do Vaticano, próxima à principal estação ferroviária de Roma, a Termini, facilitando o acesso dos fiéis. Atendendo a seus pedidos, o túmulo foi preparado no chão da basílica, com uma lápide de mármore da Ligúria, sem ornamentos especiais, trazendo apenas seu nome e a reprodução de sua cruz peitoral.
A escolha do local e da simplicidade da sepultura reafirmaram a marca de seu papado: uma liderança voltada à humildade, à proximidade com os pobres e à devoção à Virgem Maria, especialmente sob a invocação de Nossa Senhora Aparecida.
O mundo católico, reunido em oração, despediu-se de um Papa que, com seu carisma e simplicidade, deixou um legado profundo na história da Igreja.
