A Câmara Municipal de Campinas aprovou na quarta-feira (17) a criação de uma Comissão Permanente para investigar a vereadora Paolla Miguel (PT).
A acusação é de que ela teria destinado recursos de uma Emenda Impositiva para financiar a “Festa Bicuda”, evento que incluiu atos de nudez e simulações de ato sexual.
A decisão de abrir a comissão teve o apoio de 24 vereadores a favor e 6 contra.
Nelson Hossri (PSD) foi quem propôs a investigação, argumentando que a vereadora violou o Código de Ética e a Lei Orgânica do Município. A petista terá cinco dias para defender-se, enquanto a comissão terá até 90 dias para concluir as investigações e apresentar um relatório.
Se o relatório da comissão encontrar provas de violação, a cassação de mandato da vereadora será colocada em votação no plenário, necessitando de dois terços dos votos dos 33 vereadores para a aprovação.
Paolla Miguel expressou em declarações públicas que se sente perseguida por acusações que considera infundadas. Ela afirmou que sua participação no evento foi limitada ao financiamento de infraestruturas como banheiros químicos e palco, e que não teve envolvimento na escolha dos artistas ou do conteúdo apresentado.
“Nos sentimos extremamente atacadas e perseguidas por um episódio absolutamente infundado. Sinto que uma armadilha foi colocada contra nosso mandato para que a extrema-direita tivesse a fagulha necessária para atacarem nossa reputação.”