Após a interdição da nova ponte da Vila Zalla, em Laranjal Paulista (SP), devido a trincas e desníveis estruturais, o prefeito Dr. Alcides e o vice-prefeito Carlos Rugolo realizaram uma vistoria no local e emitiram uma nota oficial neste sábado (28). Segundo o comunicado, a empresa EcoPontes, responsável pela construção da ponte, já havia sido notificada no dia 12 de dezembro, quando os primeiros sinais de problemas foram detectados pelos técnicos do município.
De acordo com o texto divulgado pelo prefeito, as fortes chuvas recentes intensificaram o processo de dilatação da estrutura, resultando na necessidade de interdição para garantir a segurança da população. A EcoPontes informou que realizará os reparos nos próximos dias, com os custos cobertos pela garantia da obra.
O prefeito ressaltou ainda que os recursos para a construção da ponte são provenientes da Defesa Civil do Estado de São Paulo e que o projeto técnico-executivo foi aprovado por engenheiros do órgão.
Promessas e dúvidas
Apesar do posicionamento oficial, a população da Vila Zalla segue preocupada com a situação. A ponte é uma via essencial para o tráfego local, e a interdição sem um plano emergencial deixa moradores e motoristas enfrentando longos desvios. Além disso, há questionamentos sobre a qualidade da obra e o acompanhamento técnico durante sua execução, uma vez que problemas estruturais surgiram tão pouco tempo após a “inauguração”.
Outro ponto de crítica é a demora para uma ação concreta. Embora a notificação tenha sido emitida em 12 de dezembro, apenas nesta sexta-feira (27) a ponte foi interditada, o que levanta dúvidas sobre a eficiência da gestão em monitorar e resolver a situação antes que ela se agravasse.
Próximos passos e cobrança
Enquanto a EcoPontes se compromete com os reparos, os moradores cobram prazos claros para a conclusão dos trabalhos e maior fiscalização por parte do poder público. A nova gestão municipal, que assume em janeiro, terá de lidar com um cenário de desconfiança em relação às obras financiadas por recursos estaduais, principalmente após o deslocamento da placa de identificação da obra, encontrada em outra parte da cidade.
A interdição da ponte da Vila Zalla não apenas expõe falhas na execução e fiscalização de projetos, mas também coloca em xeque a transparência e a capacidade da administração de atender às demandas da população com agilidade e responsabilidade.