Nesta sexta-feira (20), o veterano ator Antônio Petrin celebra 87 anos de vida, e com ele, a própria trajetória da dramaturgia brasileira também comemora. Nascido em Laranjal Paulista (SP), Petrin é hoje um nome consagrado nos palcos, na televisão e no cinema nacional, somando mais de 60 anos de carreira e mais de 80 produções no currículo.
Ainda criança, mudou-se com a família para Santo André (SP), onde, por acaso, teve seu primeiro contato com o teatro. Ele começou participando de peças religiosas e comédias encenadas no salão paroquial da igreja que frequentava, sob a liderança de padres italianos que promoviam atividades culturais para a população.
Apaixonado pela arte, Petrin conciliou por anos a carreira de desenhista técnico, que o levou a chefiar um departamento em uma grande empresa, com os primeiros passos no teatro amador. A virada aconteceu quando participou da peça “Gente como a gente”, dirigida por Ademar Guerra, que o incentivou a ingressar na Escola de Arte Dramática (EAD).
Foi nesse ambiente que se encantou de vez pelos palcos. No último ano do curso, recebeu um convite de Jorge Andrade, um dos maiores dramaturgos do país, para dar aulas de teatro. A proposta selou sua decisão: abandonou a prancheta de desenho para viver integralmente das artes cênicas.
Além de ator, Petrin tornou-se diretor, produtor e professor, participando de montagens marcantes como “Eles Não Usam Black-Tie”, “O Incidente no 113” e “A Falecida”. Nos anos 1980, ganhou o prêmio APETESP pela atuação em “Ganhar ou Ganhar”.
Na televisão, eternizou personagens como Tenório, na primeira versão de Pantanal (1990), pelo qual recebeu o Prêmio Manchete, além de Sr. Assad em Éramos Seis e Sabiá em Esmeralda. No cinema, atuou em clássicos como O Beijo da Mulher-Aranha e Amor de Perversão.
Suas últimas aparições foram na novela Escrava Mãe (2016), da Record, e no longa Back to Maracanã (2017). Hoje, mesmo longe das câmeras, segue sendo lembrado com carinho pelos fãs e respeitado por colegas da classe artística.
Neste aniversário, Laranjal Paulista se orgulha de ser o berço de um artista tão relevante. Antônio Petrin é, sem dúvida, um tesouro da dramaturgia nacional, com raízes profundamente plantadas no solo laranjalense.