O projeto de lei 591/21 que trata da privatização dos Correios pode ser votado ainda nesta semana na Câmara Federal.
O PL do governo federal foi colocado na ordem do dia desta terça-feira (6) pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e tem como objetivo se desfazer de toda a operação da empresa, como confirmou o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, ao jornal O Globo.
A proposta foi entregue ao Congresso ainda em fevereiro pela equipe de Jair Bolsonaro. Em abril, por 280 votos favoráveis e 165 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência do projeto. Na ocasião, apenas MDB, PCdoB, PDT, PSB, PSOL, PT e Rede se posicionaram contra.
Se aprovado, o projeto “autoriza que os serviços postais possam ser explorados pela iniciativa privada”, inclusive aqueles que hoje são prestados exclusivamente pelos Correios em regime de monopólio, como o envio de cartas.
A avaliação de especialistas é de que a privatização da estatal geraria uma quebra significativa da soberania nacional, além de um aumento no desemprego e um encarecimento nos serviços prestados.
Parlamentares da oposição também são contrários ao projeto. Na avaliação dos congressistas, não há motivos para entregar os Correios à iniciativa privada, já que é uma empresa que tem dado lucro ao País e garantido serviços básicos à população.
Nas redes, Sâmia Bomfim, deputada federal do PSOL-SP, denunciou a manobra de Lira para tentar acelerar o processo:
“A privatização dessa empresa pública lucrativa provocará aumento no preço, fechamento de agências e desemprego. A força da nossa mobilização é decisiva para barrar esse absurdo, vamos à luta!”, publicou.
Fonte: Carta Capital