Faltando menos de 20 dias para o primeiro turno das eleições de 2022, os candidatos adotam uma mudança de tom nas campanhas eleitorais e ampliam os ataques a adversários. O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), que é candidato à reeleição, por exemplo, elevou as críticas ao ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos). Em suas redes sociais, o tucano compartilhou um vídeo em que o adversário pede votos a Fernando Collor para o governo de Alagoas, afirmando que o ex-presidente é “um dos maiores políticos que já tivemos” e falando em “grande legado” ao Brasil, o que Garcia rebate. “Não queremos o Collor, que confiscou o dinheiro dos brasileiros, dando palpite aqui em SP. Minha referência na gestão pública é o Mario Covas, e SP precisa de um governador independente”, afirmou o governador.
Em resposta, Tarcísio Gomes de Freitas também lançou mão das redes sociais para rebater as críticas pelo seu apoio a Fernando Collor. Em vídeo, o ex-ministro disse que Rodrigo Garcia entende de confisco por ter “tirado dinheiro de quem contribuiu a vida inteira”. De confisco você entende, não é mesmo, Rodrigo? Tirou dinheiro de quem contribuiu a vida inteira e manteve essa crueldade mesmo com o caixa cheio. As contas precisam fechar, mas com as pessoas dentro. Aposentados de São Paulo, contem comigo. O confisco vai acabar”, afirmou. Segundo última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira, 15, Tarcísio e Rodrigo Garcia estão tecnicamente empatados, com 22% e 19% das intenções de votos em São Paulo. O cenário os coloca diretamente em confronto por uma vaga no segundo turno do pleito deste ano, a ser disputado possivelmente com o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, que soma 36% dos votos.