O dólar atingiu um recorde nominal nesta quarta-feira (18), encerrando a R$ 6,267 (+2,81%), impulsionado por incertezas econômicas no Brasil e no exterior. Internamente, o mercado reagiu à aprovação do texto-base de um pacote fiscal na Câmara, que inclui cortes de até 15% em emendas parlamentares, mas outras propostas ainda aguardam votação. Economistas estão céticos sobre a eficácia do pacote, considerando as declarações do presidente Lula sobre a falta de cortes significativos nas despesas.
Externamente, o Federal Reserve cortou 0,25 ponto na taxa de juros, agora entre 4,25% e 4,50% ao ano, mantendo uma política cautelosa. Isso, junto com a inflação elevada, fortaleceu o dólar globalmente.
A alta do dólar foi acompanhada pela queda de 3,01% no Ibovespa, que fechou em 120.941 pontos. Enquanto o dólar valorizou 29,15% no ano, o Ibovespa recuou 7,07%. Para conter a volatilidade, o Tesouro Nacional anunciou leilões extraordinários de títulos públicos. Economistas avaliam que o pacote fiscal é insuficiente para restaurar a confiança do mercado, e o governo enfrenta pressões para aprovar as medidas antes do recesso parlamentar.